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| Tacatsuno Motoyama mostra coleção de medalhas Foto: Luiz Felipe Longo |
A disciplina oriental guia a vida do aposentado Tacatsuno Motoyama. Descendente de japoneses, ele levanta todos os dias às três horas da manhã e, pelo menos três vezes por semana, vai correndo da sua casa, no Centro de Campinas, até a Lagoa do Taquaral para treinar.
A rotina de treinos na madrugada é um dos segredos da longevidade de Motoyama. Cheio de saúde aos 87 anos, ele vai participar da sua 20ª Integração neste domingo, quando será um dos veteranos da prova de 10km.
- Praticar esportes é muito bom fisicamente. Não é apenas por divertimento ou algo do tipo, trata-se de uma questão de saúde. Serve para dar uma arejada na mente e é a melhor coisa que existe. Acho que por isso que eu tenho uma vida longa, porque tenho praticado esportes há muito tempo - contou.
Natural de Gália, no interior de São Paulo, o aposentado começou a tomar gosto pela corrida a partir de uma fatalidade. Em 1986, quando pintava uma parede de casa, teve um acidente doméstico e quebrou uma perna. Como parte da recuperação, começou a correr para fortalecer a musculatura. E não parou mais.
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| Tacatsuno Motoyama sai para correr com uma lanterna Foto: Luiz Felipe Longo |
Motoyama é rígido com os horários. Às 19h, já está na cama para dormir. Quando se levanta, deixa a residência sempre acompanhando de uma lanterna, companheira fundamental para que seja identificado pelos motoristas na madrugada, já que o céu ainda está escuro. Nem os dois assaltos que sofreu durante os treinos fizeram Tacatsuno desistir da ideia de correr antes do sol nascer.
- Eu treino logo cedo por causa do trânsito, vou contra o fluxo de carros. Tenho uma lanterna que ando sempre e vou piscando para que os motoristas possam me ver. Quando volto depois do treino, faço algumas tarefas em casa e depois vou me deitar às 19h.
Além da rotina de treinos, Motoyama adota uma uma alimentação balanceada, mas sem deixar de lado o arroz e feijão. Mais que concluir o trajeto dentro do objetivo de 1h15 a 1h30 na Integração, ele deseja superar os próprios limites para seguir fazendo o que mais gosta por muito mais tempo.
- Tem que ter cuidado com a extravagância, mas arroz com feijão não pode faltar. Às vezes eu como um peixe, uma carne ou um frango, e bastantes legumes. Não vou correr para ganhar (a Integração), mas quero continuar correndo até onde minhas pernas deixarem. Quando não der, vou caminhar, o importante é estar mexendo o corpo - completou.
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